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Advogado é suspeito de esconder celulares em muleta para entregar a presos em Araraquara (SP)

Posted by Chrystiano Angelo On terça-feira, 28 de agosto de 2012 0 comentários

Advogado é suspeito de esconder celulares em muleta para entregar a presos em Araraquara (SP)

  • Divulgação/ Polícia Civil
    Celulares são apreendidos em par de muletas entregue por advogado a preso em Araraquara (SP)
    Celulares são apreendidos em par de muletas entregue por advogado a preso em Araraquara (SP)

Um advogado de Araraquara (273 km de São Paulo) foi preso em flagrante na tarde dessa segunda-feira (27) acusado de tentar passar, dentro de um par de muletas, seis aparelhos de celular para presos de uma facção criminosa. Os aparelhos foram descobertos pela Polícia Militar, que estava no Fórum escoltando um preso, para quem seriam entregues as muletas.
Segundo o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Elton Hugo Negrini, 45, o preso, machucado, chegou mancando ao Fórum e se queixou de que precisava de um novo par de muletas.
“Aí, do nada, o advogado, que estava por lá, apareceu com um par de muletas e pediu para um funcionário do Fórum entregar ao preso. O funcionário disse que não podia fazer isso e passou as muletas para a PM, que achou os celulares.”
O advogado Roberto José Nassutti Fiori, 43, dá outra versão do fato. Ele disse que a mãe do preso, que estava no Fórum, pediu para ele entregar as muletas ao filho porque ela não tinha acesso à sala de audiência. O rapaz estava sendo ouvido pelo juiz por uma suposta tentativa de agressão. “Essa imputação do delegado é absurda.”
Fiori recebeu voz de prisão da polícia por tentativa de introduzir celulares em prisão e formação de quadrilha, mas membros da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) conseguiram que ele ficasse em prisão domiciliar, em vez de ir para o presídio. Se condenado, Fiori pode pegar prisão por um período que varia de quatro a oito anos, segundo o delegado.
“Nós já vínhamos investigando a introdução de celulares no presídio. Embora esse advogado não estivesse sob investigação, ele defende pelo menos três das 90 pessoas que fazem parte de um bando armado que estão presas aqui em Araraquara”, afirmou o delegado, em alusão ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

Outro lado

Fiori nega envolvimento com a introdução de celulares no presídio e afirmou que não costuma perguntar a seus clientes se integram ou não facções criminosas. “Isso não é problema meu. Sou contratado para fazer a defesa.”
Além do advogado, que é ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB local, o preso, cuja identidade não foi revelada, também vai responder pelos mesmos crimes.

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