Diferentemente dos outros seres vivos ou inanimados, nós, seres humanos, como afirma F. Savater (filósofo espanhol, em Ética para amador), podemos inventar e eleger (ao menos em parte) nossa forma de vida, podemos optar pelo que nos parece bom ou conveniente, frente ao que nos parece mau ou inconveniente. Precisamente porque podemos inventar e eleger (ao menos parte) da nossa forma de vida, também somos os únicos que podemos equivocar (errar). Nem sempre nossas decisões são acertadas.Os outros animais, visto que não conhecem a ideia de liberdade, jamais vivem esse drama (essa angústia: de saber que podemos errar). Afinal, que é a liberdade? A liberdade, como poeticamente bem definiu Octavio Paz (poeta e escritor mexicano), “não é uma filosofia nem uma ideia: é um movimento da consciência que nos leva, em certos momentos, a pronunciar um dos dois monossílabos: ‘sim’ ou ‘não’. Em sua brevidade instantânea, como a luz fugaz do relâmpago, se desenha o signo contraditório da natureza humana”. Ser ou não ser
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